"Me diz alguma coisa, vai. Me fala tudo aquilo que eu ando louca pra ouvir da sua boca. Sussurra, então. Ou me ensina a receptar telepatia, essa língua que só os inteligentes e evoluídos e incógnitos e brancas-nuvens conseguem decifrar. Porque eu já estourei minha cota de intuição. Diz que me adora, que gosta de mim, que sente saudades minhas e uma vontade insana de me ver em plena quarta-feira. Sei que não muda nada, mas eu preciso ouvir. Ou isso, ou eu pego minha bicicleta e dou o fora daqui. Agora. Sabe, não está dando muito certo, às vezes eu me sinto meio o Dick Vigarista gritando para o Mutley fazer alguma coisa. E você só olha meu desespero patético e fica rindo. E então? Como vai ser? Desisto. Eu acho, às vezes, que seria mais produtivo perseguir pombos em praça pública. Bem, eu só queria dizer que, apesar desse seu jeito todo iceberg de ser, eu te acho um rapaz incrível. Você é o melhor ser humano entre os piores que já conheci. Ou o pior entre os melhores. Não sei. Sei que eu inexplicavelmente estou na tua e você sabe disso. Não dá bola, assim que meu ataque trevoso de angústia cessar, eu sei, não vou me importar nem um pouco se você ficar na tua, se você não ligar de me aturar falando pelos cotovelos, deitada do teu lado." (por Gabito Nunes - Na tua)
Thoughts Her
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
interior
percebi que não encontraria palavras que me agradassem, afinal, estava bem claro: eu precisaria escrevê-las... às vezes o conforto esta aqui ó, dentro de você. e não adianta sair por aí procurando o amigo certo para te aconselhar, o trecho de um livro, a última postagem daquele site que você adora... não adianta tentar encontrar as respostas em letreiros, em revistas e jornais. é preciso voltar-se para a única pessoa - sem poderes divinos - que pode resolver seu problema: você mesmo. tem momentos em que nossos conselhos nos bastam, porque sabemos o que fazer; embora muitas das vezes estejamos, de alguma forma, tentando acreditar que existem outras verdades.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Clarice, sobre escrever
"Você precisa saber que já é uma escritora. Mas nem ligue, faça de conta que nem é. Eu lhe desejo que você seja conhecida e admirada só por um grupo delicado embora grande de pessoas espalhadas pelo mundo. Desejo-lhe que nunca atinja a cruel popularidade porque esta é ruim e invade a intimidade sagrada do coração da gente. Escreva sobre ovo que dá certo. Dá certo também escrever sobre estrela. E sobre a quentura que os bichos dão a gente. Cerque-se da proteção divina e humana, tenha sempre pai e mãe - escreva o que quiser sem ligar para ninguém. Você me entendeu?Um beijo nas suas mãos de princesa.Clarice" (Clarice Lispector carta à Andréa Azulay)
sábado, 15 de outubro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
erros secretos
não queria repetir aquela história, mesmo que fosse com outras pessoas, em outras condições e uns dez mil passos além. não queria porque tinha doído, pela falta de sentido e pela minha eterna entrega. não queria porque seria mais um erro, mais uma destruição e sem dúvida mais uma lembrança. eu tinha convicção disso, entretanto estava traindo-me em atos, toques e atenções exacerbadas. até que ponto eu sou fiel as minhas promessas? até que ponto eu sou forte e resistente a determinados suspiros?
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